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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Trair ou não trair...Eis a questão.







Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente.
Não somos o centro amorável do mundo do outro. É preciso aceitar, também, outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais uma gota d'água que se incorpora ao nosso lago.
É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento, comum aos moralistas, aos caluniadores, aos paranóicos azedos que teimam em sujar tudo.
Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões. Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo."

Eu não sei se eu teria a mente tão aberta, sob esse ponto de vista, mesmo sabendo que ja fui vítima de traição, mas pessoalmente nunca tive coragem de trair.
Bom, isso daria rios de debate, principalmente sob algumas posturas mais antigas que eu tinha e que foram mudando com o tempo devido as minhas experiências vividas no assunto.
Na era das relações abertas e das amizades coloridas, a infidelidade parece perder terreno. Afinal, não podemos ser infiéis a compromissos que não existem. Porém, Portugal ainda é dos países da Europa onde mais se casa e, aí, o caso já muda de figura. Juramos ser fiéis no altar, num voto que se assume ser para toda a vida ou, pelo menos, até que o amor dure. E a infidelidade é, mesmo, uma causa válida para o divórcio. Por isso, o assunto torna-se relevante para muitas de nós, porque já vimos o adultério acontecer em casais que nos são próximos, ou porque nos sentimos atraídas por outra pessoa que não o nosso companheiro, ou até já convivemos com o fantasma da ‘outra'.



As mulheres, para traírem, precisam de um motivo, os homens de uma oportunidade.
Há uns tempos ouvi esta frase, pode não ser totalmente verdade, mas a nossa sociedade ainda estimula um pouco isto. À partida, se uma mulher é infiel, será porque tem problemas na vida a dois, caso contrário não trairia. No caso do homem, cada vez mais se caminha neste sentido, porém ainda se incentiva muito, no seu grupo de amigos, colegas... caso apareça uma oportunidade, a trair. Ou seja, por motivos culturais, a traição masculina pode ser mais frequente e tolerada".
Quanto a reações, os homens ainda parecem ter menos capacidade para ‘digerir' o adultério. "Lembro-me de uma ou outra situação em que o homem perdoou a infidelidade da mulher. Mas penso que isto ainda é mais complicado de gerir, porque a própria sociedade não nos ensina a ver as coisas da mesma maneira. Um homem que é traído poderá ter tendência a sentir-se mais diminuído aos olhos dos outros, do que a mulher que foi alvo da mesma situação. Definitivamente, a sociedade, e até algumas pessoas que possam fazer parte do círculo do casal, vêem com pior olhar a traição feminina.

Desculpar ou nem pensar...
Para algumas pessoas a infidelidade passa pelos simples pensamentos eróticos com outra pessoa. Para outros, basta a consumação física. Há ainda quem acredite que a verdadeira traição só acontece quando o companheiro se apaixona por outra pessoa. "Há quem sinta da mesma forma a traição meramente física e a sentimental. Outras pessoas há que conseguem separar as águas e sentem como menos fortes os efeitos de uma relação apenas sexual".
E se as fantasias com outras pessoas podem ser consideradas normais, estas podem, apesar disso, causar algum desconforto no casal. "O fato de se ter uma relação estável não implica que não se possa ter fantasias com outras pessoas. Esta situação pode provocar atritos, caso o homem ou mulher perceba que o companheiro está a pensar noutra pessoa. Mas o que pode levar à separação é a consumação física da traição"
Ao que tudo indica a maior parte das pessoas aceita mal qualquer tipo de infidelidade. "A infidelidade continua a ser mais mal vista do lado feminino e muitos homens não desculpariam o adultério. Do ponto de vista das mulheres, aquelas que são de uma geração mais recente, na faixa dos vinte e tal, trinta anos,  isso é mal recebido na mesma. Cada vez há menos mulheres a compactuarem com estas situações".
Algumas transformações sociais, como o casamento e a chegada dos filhos mais tardia ou a entrada da mulher no mundo do trabalho podem, também, explicar a menor disponibilidade das mulheres para aceitarem as infidelidades dos maridos. Quando há filhos, é mais comum o perdão, sobretudo por parte das mulheres, apesar de conhecer alguns casos de homens que também desculparam o adultério. Em relação a um casal novo, sem filhos, mesmo no caso das mulheres, cada vez é mais complicado perdoar. Porque as mulheres já se valorizam mais, são mais independentes. Há uns anos, a mulher até poderia não querer perdoar, mas também não tinha grandes alternativas, porque não era independente do ponto de vista econômico.


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